terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Peculiaridades de (um) Natal

Há Natais e Natais. Há o tropical das Caraíbas. O pobre das favelas. O consumista da Coca-cola e de Hollywood. O tradicional das aldeias do Norte. E o meu.
Há uns dias atrás, fui com o Henrique e o Zé até ao Driving Range do campo de golfe de Alcoutins, em Lisboa. Fomos treinar (ou aprender, no meu caso) a bater umas bolas... para dentro de água. Uma sensação engraçada, principalmente depois de cair a noite e ver umas bolinhas iluminadas e voar... e... splashTambém em vésperas de Natal, fui dar uma aula de escalada à Ana. Sim, porque 3 horas para escalar uma única via não se pode chamar "ir fazer escalada". Num cenário brutal, que até podia ser de Verão, deu para cansar os braços e apanhar um solinho.
Já na noite da véspera de Natal, vejam a minha família completamente absorta neste relato entusiasta da minha irmã Mara de um jogo de... BINGO! Eu ainda gozei, mas eles lá ficaram a jogar. Tendências Natalícias...
Dia 25 de Dezembro de manhã, o que é que se faz? Escala-se! Pois é. Depois de uma estreia no Natal do ano passado, eu e os Fortunas (com o Paulo como uma baixa de vulto) lá fomos para a guia, em Cascais, para uma manhã de força, suor, arranhões, magnésio por todo o lado, palavrões a uma via não encadeada. Mas também desafio, partilha, ajuda, sorrisos, esforço, aprendizagem, satisfação.
Há Natais e Natais...

domingo, 23 de dezembro de 2007

Aulas de guitarra


Pois é... como se não bastassem as infindáveis horas de trabalho semanais e tudo aquilo que gosto e (nem sempre) posso fazer, agora virei-me para a música.

O meu primo Tó Laranja está a dar-me umas lições de guitarra clássica. Mesmo com estes matacões de dedos de escalador que apanham duas cordas ao mesmo tempo, lá me vou ajeitando e fazendo soar uns sonzitos do instrumento. Depois informo quanto cobro pelos concertos que hei-de começar a dar brevemente :-)

sábado, 8 de dezembro de 2007

De volta!

A dor de costas já passou. Já trabalho a 100%. Já danço. Já escalo. Já treino.
E já voltei para os 'meus' meninos. Aqui estão duas das cinco turmas, todos eles cheios de estilo e prontos para a acção. Andamos a preparar a GRANDE actividade de Natal. O Natal mais Africano que já se viu tão a norte :-)
Aceitam-se desafios. Montanhas para escalar. Pistas para encher. Copos para beber.


segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Stockholm Lisboa Project

Tive pena de não ter visto o concerto todo. Mas gostei muito da sonoridade dos Stockholm Lisboa Project, que fundiram muito bem a música tradicional portuguesa com a Sueca. Aconselha-se.
http://www.myspace.com/stockholmlisboaproject

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Fotos Aniversário

Como quase ninguém me enviou fotos do meu aniversário (excepto a Susana, obrigado), fica aqui a reportagem possível de um dia MUITO bem passado entre amigos e familiares.


Adorei as caras de surpresa quando disse "entrem para o autocarro". O pessoal não estava à espera, mas achei que era a melhor forma de fazer a actividade resultar. E como a Joaninha disse, é um investimento para que para a próxima todos vão de novo :-)


A caminhada foi no timing previsto, ao minuto. 4 horas de boa disposição, suor e cansaço, sol, paisagens, fotografias e, espero boas memórias. Este foi um momento... engraçado. Mas quem é que leva umas botas a cair de podres para uma caminhada de 4 horas? Só mesmo alguém da minha família...


Esses rabos lá para cima! Esta era a parte mais difícil da caminhada. Um desnível considerável, mas com uma ajudinha, todos chegaram lá acima.

A vista lá de cima, como prometido, era brutal. E houve quem tivesse aproveitado para fazer show para a fotografia. É claro que foram as mesmas pessoas que se PERDERAM!!! Não se lembravam que estavam integrados num grupo de 23 e viraram quando lhes apeteceu. E quem é que teve de se armar em bombeiro, à procura do cão? O aniversariante. Bonito...



Olha para eles tão lindos! E, na minha opinião, em frente a uma das praias mais bonitas do Mundo, a do Portinho da Arrábida.


Quando chegámos à praia, a melhor Mãe do Mundo, a minha (não desfazendo das vossas, mas é verdade...) tinha preparado um grande pitéu, com quiches, saladas, frango assado, castanhas, água pé, doces... tudo do melhor. Mais parecia um acampamento cigano, mas estava um ambiente muito boml, e toda a gente adorou tudo.


Depois, foi só aproveitar para conversar...


...Dançar...
... Tentar dançar...
... Brincar...
...Observar...
...Confraternizar...

...Cantar...

...Conhecer...

Tenho um agradecimento muito grande a fazer a todos os que se juntaram a este dia especial. Tornaram-no num dia memorável. E ficou a vontade de organizar mais. Para o próximo ano, se não for antes.

Boas aventuras. Boas danças.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Happy Hippo The Lion Sleeps Tonight

O CÂO É LINDO!!!!!
Para me animar na recuperação desta estupidamente dolorosa dor de costas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

De cama

Não será da idade, que são só 28, mas a verdade é que me sinto um velho hoje. Magoei-me num gesto tão estúpido como apanhar uma bola do chão durante uma aula. A dor foi fulminante e passeio resto do dia sentado, incluindo uma aula de danças do mundo no ginásio clube do sul. Foi caricato.
Nada caricato é estar hoje de cama. Mal me consigo mexer e a andar só todo curvado tipo notre damme.
Em breve fotos do meu aniversário, que foi espectacular. Obrigado a todos os que estiveram presentes.
Hasta

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Michael Jackson Vs. Caetano Veloso

Uma dupla improvável. Um resultado... engraçado.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Cantinho dos (alguns) amigos

Há amigos que estão sempre lá. Há amigos que vão e vêm. Há outros que existem numa fase da nossa vida e depois ficam apenas na memória.
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Não cabem todos aqui. Porque não tenho fotografias vossas. Ou porque não querem aqui estar. Mas são todos importantes, pela razão ou pelo coração. Porque cada vez mais me quero ver rodeado de vocês, para partilhar, viver e recordar.
O "clube" de estágio
Horta, Zé, Henrique e Luís
Marina e Patrícia
Susana Landeiro
Patrícia
Sónia
Joana, Mimi e Elsa
Diana
Lisi
Joana Fortuna

Ana Claudia
Sarah
Luís, Joana e moi


Ana, Juliana e moi
Moi, Verónica e Paulo
Mar, Sarah e Isabel

"Cocas"



Cristina e Sónia

O pessoal dos cruzeiros

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Tempo livre

Porque valorizo tanto o tempo livre que vai aparecendo, cá vai o meu horário para que me possam convidar para aventuras nos espaços amarelos.

Como diz a Isabel (que espero que esteja a salvo dos fogos Californianos), Carpe Diem (et nocte...)

domingo, 21 de outubro de 2007

Vanessa da Mata e Ben Harper - Boa Sorte / Good Luck

Uma balada suave com duas vozes de topo. Para ouvir e encostar a cebeça para trás
:-)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

S. Martinho / Aniversário


Amigos,

No próximo dia 11 de novembro, estarei a festejar o meu aniversário com uma caminhada pela Serra da Arrábida e um Magusto na praia do portinho.

Espero contar com a vossa presença.

Programa:
10h00 – Encontro no centro sul, em Almada (paragem de autocarros no final da via rápida)
10h30 – Saída para a Serra da Arrábida
11h00 – Início da caminhada
15h00 – Hora prevista de chegada ao portinho da Arrábida
18h00 – Regresso a Almada
A levar:
Calçado robusto e confortável.
Roupa confortável para caminhar.
Fato de banho, para os corajosos
Lanche volante (peça de fruta, barra de cereais)
1 Litro de água.
Impermeável.
Atenção:
A caminhada tem aproximadamente a duração de 4 horas, e é de dificuldade média/elevada, com um desnível positivo de cerca de 300 m e negativo de cerca de 505 m.
Apenas os que estão em condições de realizar a caminhada o devem fazer. Quem não se considera em forma para isso, pode seguir directamente para a praia, com o resto da caravana, para um dia de praia :-)

Mapa da caminhada

A vista do topo da Serra...

Confirmem presença até ao dia 7, 4º feira. Obrigado.

Boas aventuras.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

5 Outubro

Como eu tive um feriado muito aborrecido, fui ao arquivo das fotografias e desencantei de lá esta que tirei de um dia formidável nas Bermudas. Já me sinto melhor, e até fica a minha foto de perfil. Agora, jantar fora com amigos da Faculdade e depois vou pela primeira vez a uma das famosas festas 80's do teatro da Comuna.
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Boas férias! (Para quem as tem)

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Tridans

Da Noruega trouxe esta dança tradicional, que já comecei a passar ao pessoal de cá. É muito gira, e uma vez que se apanhe o ritmo às "voltinhas", até é fácil.

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Boas danças!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Queda em Poios

Foi no Verão passado que eu, o Chris e a Isabel fomos a Poios. Não era a primeira vez que lá estava, mas não deixou de ser impressionante escalar naquele vale magnífico, com paredes de calcário e um microclima muito agradável.
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Mas nem vou falar muito desses dias de escalada, que por si só tinham pano para mangas. Há uma foto que só recentemente tive acesso (roubei-a ao blog do Chris...) que é irrepetível. Um auto-retrato da Isabel, em espera para escalar, comigo em 2º plano num vôo de alguns metros, com uma expressão do tipo "ai onde me meti". Raramente se conseguem fotos de escaladores em queda. Aqui está uma bem engraçada.



terça-feira, 18 de setembro de 2007

Norge / Noreg

Olá amigos! Estou de volta à vida real, depois de uma incursão de 11 dias ao país dos Vikings, das florestas encantadas, dos trolls e do sol da meia-noite.
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Mas a Noruega mostrou ser mais do que encanto imaginado. As paisagens de cortar a respiração, os costumes, a língua completamente indecifrável, as estradas e os caminhos de ferro, foram o lado real de uma viagem ao país que injustamente chamamos o país do bacalhau.
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Mal cheguei tinha uma surpresa preparada. Voei ainda mais para norte, acima do Círculo Polar Ártico, para a cidade de Bodo, de onde apanhámos um Ferry para a ilha de Lofuten, um destino de Natureza impressionante, onde as fotografias falam melhor do que eu e são testemunhos de montanhas que saem a pique a partir do mar, e de ilhas e ilhotas recortadas num labirinto que faz perder o Norte.
O Gonçalo Cadilhe não chamaria a isto viajar, uma vez que usei o avião para me deslocar, mas nem todos, como ele, dispõem de tempo ilimitado para se deslocarem ao seu destino. Nem todos podem sempre usar os transportes terrestres para se deslocarem e poderem mais intimamente contactar com as populaçõese os costumes locais. Eu voei. Eu viajei assim para norte, sempre para norte desde que saí de Portugal.


Os Noruegueses usam a bandeira com um patriotismo que a nós até pode parecer estranho. Nunca um norueguês poria a bandeira pendurada na varanda, ou presa no vidro do carro, engelhada ao sabor do vento. Se nós temos a nossa nacionalidade como um dado eternamente garantido, com origens que se perdem no tempo, os noruegueses já fizeram parte de outras nações como a Islândia ou a Suécia, e apenas tiveram tempo para ter três Reis. Ainda não tiveram tempo para se esquecer de astear a bandeira num poste que orgulhosamente se ergue em frente de tantas casas. Ainda não deixaram de pensar o quanto é importante poder chamar ao seu país pelo nome, sem que haja outro a tentar reclamar as sua riquezas, a tentar modificar a sua língua.
A chegada a Lofuten foi já quase de noite. Uma sucessão de terras com nomes difíceis de pronunciar, e com um record de pequenez com a aldeia de A (lê-se Ô), levou-nos a um "jardim" natural na beira de uma grande enseada. O céu fazia adivinhar chuva. Mas o que estranhei foi a luz. Passava já das dez horas da noite e o céu ainda tinha as cores do pôr-do-sol. De um pôr-de-sol que dura horas, deixando-nos ver a nossa estrela a aproximar-se muito lentamente do horizonte, para descer abaixo dele por apenas algumas horas, e acordar-nos pelas cinco da manhã com o prémio da paisagem que se vê. O céu limpou . A chuva afinal não caiu e o dia ficou lindo.






A escalada estava nos planos iniciais desta viagem, mas um problema com o equipamento limitou as opções. Mas blocar com vista para o mar, com o sol a bater, e um banho de mar prometido acima do círculo polar Ártico, não me deixaram nada mal servido... A escalada foi dura e divertida. O sol aqueceu. O banho foi mítico e muito, muito rápido, como devem imaginar.


Depois da escalada, foi a caminhar que subimos. O alvo era a montanha da cabra. O caminho muito disfarçado, muito íngreme, mas lá chegámos algures a meio do pôr-de-sol interminável, com a cabra de perfil, para nos deliciarmos com mais uma paisagem de cortar a respiração, com lagos que pareciam fiordes e com fiordes que quase tocavam nos lagos. A vila de Svolvaer parecia mais um salpicado de ilhas unidas por pontes e constantemente atravessadas por barquitos que transportavam pessoas que levam vidas que não imaginamos. Vidas aquáticas, que mais fazem lembrar o Water World do Kevin Costner.
Sabem como é seco o bacalhau, o tão famoso bacalhau que jaz nos nossos pratos em cada natal? Pendurado nestas estruturas de madeira, que se podem ver por toda esta zona, que se pode chamar a capital da seca do bacalhau (já agora, se tiverem oportunidade de comer bacalhau fresco, não hesitem, é bem melhor...). Neste caso, apenas serviu para tornar pitoresco o nosso cenário. O que não foi nada pitoresco foi o facto de a lenha não arder. 4 tentativas. Roupa a cheirar a fumo. Uma frustação de alguém que se gabava de conseguir fazer sempre uma fogueira. Nunca tinha tentado na Noruega... na Noruega as fogueiras fazem-se difíceis.
O que não se faz difícil são os blackberries (mirtilhos). Por todo o lado os podemos apanhar, tal como estas pequenas flores que são comestíveis. Um verdadeiro pitéu da montanha...
Outro marco da viagem foi a caminhada até ao glaciar. Ou melhor, a tentativa de caminhada ao glaciar. É que se no mapa ele parecia "já ali", na verdade foram precisas 4 horas de caminhada para ficarmos... longe. As dimensões das montanhas enganam, e caminhar sobre o glaciar terá de ficar para outra viagem à Noruega. Desta vez tivémos de nos contentar com uma paisagem gelada de um verão que é constantemente refrescado por um mar de gelo nas montanhas, que um dia já cobriu todo o norte da europa, há cerca de 10.000 anos atrás.























Depois do regresso a Trondheim, foi a vez do comboio me levar até bem perto da fronteira com a Suécia. Um percurso ao longo de um rio, com o comboio a sair com uma pontualidade britânica, e um preço... norueguês. Tudo é muito caro e não contem pagar menos do que 300 Kronos (cerca de 36 €) para uma viagem de 3 horas,. Mas o cenário e a vila de Roros valeram a pena. Aconselha-se.

Novo regresso, e mais um carro alugado desta vez mais para o sul, com a Trollveggan (parede dos troll) como destino de escalada. Nada de escalada. Muito frio. Muita chuva. Na verdade uma verdadeira tempestade que até a mim, que adoro acampar, me fez pensar duas vezes e decidir por ficar numa típica cabana de telhado de erva. Não sei como ainda estava de pé pela manhã, com os ventos que subiam pelo fiorde a fustigarem sem tréguas a casita de madeira. Pela manhã, a neve cobria os topos das montanhas acima dos 600 metros. O Inverno chegara. Em Setembro...

































Os últimos dias foram passados a descobrir os recantos da cidade estudantil de Trondheim. Canais de água. Casas de madeira, como aliás por todo o resto da Noruega. Alguma vida nocturna. Muitas bicicletas por todo lado, que as pessoas utilizam diariamente. Igrejas luteranas, a igreja oficial do País. Aulas de Educação Física ao ar livre, com equipamentos que nós cá nem sonhamos. Pessoas que se mexem. Uma outra vida, pelo menos enquanto a cidade não mergulha na escuridão dos longos invernos do norte.
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Aproveitei a minha viagem para fazer uma pesquisa sobre danças tradicionais Norueguesas. O resultado foram três danças que trouxe para cá, e que estou ansioso para passar aos meus alunos.
E o regresso sempre tão reconfortante. Voando, porque não tive tempo para vir de outra forma. Mas mais cheio. De paisagens e da vida do País que não é só dos trolls e dos vikings nem das fadas e dos cogumelos gigantes, nem do bacalhau e da erva fresca. É de tudo isso e de muito mais.
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À Lisi, a amiga que me acolheu nesta aventura... Takk (obrigado). Foste a melhor!!!