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domingo, 30 de março de 2008
terça-feira, 25 de março de 2008
Norte Páscoa 2008
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Quantos de nós é que temos viagens marcadas para um destino exótico? Para uma qualquer capital Europeia. Para uma ilha tropical. Para montanhas nevadas cheias de cabos a puxar pessoas para cima e para baixo. Para Algarves (ou Allgarves como agora se escreve) cheios de pessoas oleadas e discotecas barulhentas. Eu próprio marco essas férias. Mas deixem-me que vos diga que por muito bem que conheçamos este nosso País, há sempre um cantinho a descobrir, um rio que nunca vimos, uma aldeia mágica na encosta de uma montanha que nunca tinhamos visto. Vale a pena procurar onde o resto do rebanho humano não está. Vale mesmo a pena...
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Já por várias vezes tinha ido ao Gerês. Mas não me consigo cansar daquela paisagem, e ainda por cima saio sempre de lá com a sensação de ter ficado muito por ver. Comecei por lá. O Ermal foi uma boa surpresa. No final de uma estrada serpenteante a descer de Vieira do Minho, chega-se a uma barragem que não se consegue imaginar com góticos vestidos de preto aos saltos ao som de guitarras e baterias num festival de Verão. Reina a calma trasmitida pela água e pelo granito de que é feito o chão e as paredes das casas. A calma de um padeiro que bate de porta em porta a vender o pão doce da páscoa. Ainda bem que sobrou um, para que também eu, guloso como sou, pudesse saborear a Páscoa daquela gente calma.
Na parte Este do Parque Nacional (o único parque Nacional que temos, porque foi o primeiro, todos os outros são Naturais...), um dos pontos obrigatórios a visitar nesta viagem era Pitões das Júnias. Pelo caminho, dezenas de pequenas aldeias encavadas no meio da Serra. Algumas convidavam a uma paragem na Igreja ou num palheiro típico para umas fotos e uma lufada de ar fresco.
A aldeia de Pitões das Júnias é um bom exemplo de como se pode aproveitar bem o bom que temos por cá. Alguns alojamentos rurais. Um museu ecológico. Um passadiço em madeira que nos levava pelo meio da floresta até à melhor vista da cascata local. Boa sinalização. E não precisaram de fazer mais nada ... o passado já tinha feito o resto. Recomenda-se.
O ponto alto da viagem foi a caminhada de Portela do Homem até Carris, uma antiga mina desactivada depois da 2ª grande guerra.
Começou bem cedo, pelas 7h da manhã, depois de uma alvorada com cavalos selvagens a relinchar a 5 metros da "autocaravana". Até o ar me faltou com a visão de 4 cavalos, entre eles um potro, a alimentarem-se mesmo ali. Nem o frio cortante de um nevão que tinha caído durante a noite me impediu de tentar tirar umas fotografias. Saíram mal, mas ficou o momento.
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Boas aventuras...
Primavera anunciada
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Pessegueiros, laranjeiras, cerejeiras, castanheiros, pinheiros, eucaliptos, diospireiros, ameixeiras , figueiras e tantas outras das quais algumas já nem me lembro do nome (admito), ganham agora nova vida. Numa nova casa que a seu tempo será também a minha casa.

